Tênis de corrida: Panorama das marcas no Brasil de A a Z

Tênis de corrida no Brasil: O mercado de running no Brasil é um setor que, de modo geral, atrai a atenção de caminhantes, corredores e triatletas.

Um dos produtos de maior demanda, logicamente, é o calçado. Existem no País 17 marcas de tênis de corrida, além da Altra que chega no meio do ano, brigando por espaço nas prateleiras das lojas e no coração dos clientes.

Decidi escrever este artigo, fazendo uma rápida análise de cada umas destas 18 marcas de tênis de corrida, levando em contas suas principais ações de marketing, lançamento de produtos, patrocínios a eventos, e outros fatores.

A ideia é que o leitor possa entender um pouco mais como cada uma se posiciona, ou quer se posicionar no mercado, antes de fazer sua próxima compra.

As marcas de tênis de corrida no Brasil

Adidas

A Adidas é uma das marcas que marcam forte presença nos pés dos corredores brasileiros, além do vestuário, com mais penetração no público feminino.

Desde o lançamento da tecnologia Boost e do modelo Ultraboost no Brasil, a marca tem um público fiel, principalmente em relação aos tênis para treinos diários.

O Ultraboost 19, lançamento recente da marca, chamou a atenção pelo belo design. Muitos corredores e triatletas com uma boa bagagem com tênis de competição são consumidores do famoso Adizero Adios.

É uma pena que a marca decidiu encerrar as atividades das unidades Runbase de SP e RJ.

O projeto Adidas Runners, que atualmente tem vários eventos em SP, faz com que a marca se mantenha nos holofotes, atraindo grupos de corredores nos eventos, além da longa parceria com a assessoria MPR.

A Adidas deu um tiro certeiro fazendo uma edição especial do modelo Glideboost com as cores da MPR, algo inédito no mercado de tênis de corrida.

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Altra

A marca americana, com praticamente dez anos de existência, tem a programação de desembarcar no Brasil entre junho e julho. Ainda é uma incógnita como será a aceitação dos produtos por parte dos corredores.

Tenho o Torin Mesh, principal modelo de amortecimento da marca.

É um tênis extremamente confortável, com a forma larga, deixando os dedos “espalhados”, além de ser muito macio.

Como será um distribuidor local que irá fazer a gestão da Altra no Brasil, é provável que não haja grande investimento de marketing nos primeiros meses.

A empresa também terá que fazer escolhas certeiras em relação aos modelos que irá vender no Brasil.

Caso contrário, pode comprometer a operação.

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Asics

Há alguns anos, a Asics era um verdadeiro “rolo compressor” no mercado de running.

Principalmente na época em que a marca patrocinou o Ironman Brasil – a marca chegou até a lançar uma edição limitada do Asics Noosa Tri Ironman Brasil, com as cores do país.

Eu me lembro de estar na expo e havia uma fila quilométrica de atletas querendo comprar o tênis a qualquer custo.

Em seguida, lançou o circuito de 21km Golden Four, outro sucesso absoluto.

Mas muita gente saiu, tanto das áreas operacionais quanto da direção.

A marca deu uma apagada, se levarmos em conta as ações de marketing com relação aos eventos de corridas, parcerias com assessorias esportivas e patrocínios com atletas profissionais de corrida e triathlon.

A Asics continua desenvolvendo ótimos produtos, tanto de performance quanto os modelos para treinos diários.

O Tartherzeal 6 é um modelo de competição que só chegou no Brasil recentemente, porém é muito procurado entre corredores e triatletas.

A tecnologia FlyteFoam é inovadora deixou alguns modelos mais macios.

No meu ponto de vista, os japoneses da Asics têm uma visão mais aberta para desenvolvimento de novas tecnologias, do que os da Mizuno, que são muito conservadores.

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Brooks

A primeira passagem da Brooks pelo Brasil foi entre o final de 2006 o e início de 2010.

Na época, foram dois amigos corredores que se uniram profissionalmente para colocarem a marca no País.

Os tênis eram encontrados somente em lojas especializadas e corredores que passavam a conhecer a marca apostavam na compra e não se arrependiam.

Atualmente, a Brooks está presente nas lojas Centauro, através do grupo controlador SBF.

Nos dois últimos anos foi a marca de tênis de corrida mais vendida nos Estados Unidos.

Aqui no Brasil, por incrível que pareça, muitos corredores não a conhecem. Outros sequer sabem que é vendida no país.

A Centauro fez um evento de lançamento e depois, pelo que sei, nenhuma outra ativação foi feita: “test drive”, patrocínios a eventos, atletas, ou ações relacionadas.

O grupo tem enorme fôlego financeiro para alavancar a marca, mas parece que não está entre suas prioridades.

Dessa forma a Brooks, pela segunda vez presente no Brasil, não decola, mesmo com ótimos produtos e valores atrativos.

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Fila

Não há dúvidas que o carro-chefe da Fila é o modelo Kenya Racer que recentemente teve lançada sua quarta edição (KR4).

O tênis mudou bastante em relação ao antecessor, um sucesso de vendas desde seu lançamento em agosto de 2015.

O problema, no meu ponto de vista, é que por quase dois anos e meio o KR3 apresentou somente atualização de cores e malha de cabedal em knit.

Nenhuma atualização de entressola e solado.

O tênis tem um ótimo custo-benefício e um bom acabamento.

Esta nova edição não parece ter a mesma atratividade do KR3, que se destacava pela leveza e a malha de cabedal muito ventilada.

Analisando tecnicamente, considero a Fila, uma marca de um único produto, no caso, o KR4.

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Hoka One One

Quando chegou no Brasil em dezembro de 2016, a Hoka fez muito barulho e atraiu um pouco da atenção da concorrência presente no mercado.

Nos Estados Unidos, a marca está consolidada. Aqui a operação é de responsabilidade de um distribuidor local.

Com grande visibilidade no País, o Clifton 3 rapidamente desapareceu das prateleiras das lojas quando foi lançado.

Algumas estratégias de marketing, como a contratação de alguns atletas profissionais e apoio a amadores, ajudaram na visibilidade da marca.

Em julho deste ano, a Hoka apoia seu primeiro evento no Brasil, a Rio S-21K, o que contribui para a marca se manter presente na memória de corredores e triatletas.

Outro fator que contribuiu positivamente para seu crescimento marca (mesmo que pequeno), foi a liderança do shoe count (marca mais utilizada entre os 2200 triatletas), no Ironman Brasil em 2017 e 2018.

Porém, alguns produtos lançados no mercado americano ainda não chegaram ao Brasil como o Clifton 5, Challenger ATR, Speedgoat, etc.

Se o distribuidor não tiver um forte fôlego financeiro para diversos investimentos, dificilmente a marca irá medir forças com as grandes do mercado.

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Kalenji

Marca da francesa Decathlon, a Kalenji aposta no custo-benefício para os atletas de corrida.

Com certeza, não são produtos que “fecham a conta” da Decathlon no final do mês.

Diante disso, não gasta energia em ações de marketing para alavancar vendas dos modelos e duelar com a forte concorrência das grandes.

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Mizuno

Acredito que não seja o melhor momento da marca no Brasil, quando analisamos o interesse dos corredores de todo o país em relação aos produtos da Mizuno e das outras marcas de tênis de corrida.

No Brasil, a Mizuno é controlada pela Alpargatas, que foi adquirida em 2017 pela holding Itaúsa (Itaú Investimentos S.A), e mais dois fundos de investimentos.

Considerando os atuais modelos de tênis, dá a impressão que os japoneses da Mizuno pararam no tempo, apresentando poucas inovações de tecnologia e design.

O lado positivo está nas ações de marketing. A Mizuno é a patrocinadora das provas de Ironman 70.3 e Ironman Brasil, a SP City Marathon, além de ter uma consolidada provia própria, a Mizuno Uphill.

A marca ainda patrocina triatletas profissionais, no real sentido da palavra patrocínio, pagando salários e bônus por colocação.

Mesmo com todo este investimento no triathlon e na corrida, os corredores e triatletas amadores parecem ter perdido o interesse pelos tênis da marca, muito por conta das poucas e simples inovações de seus lançamentos.

Desde que começou a patrocinar o Ironman Brasil em 2014, a Mizuno não conseguiu alcançar o top 3 do shoe count.

Conheci recentemente o novo modelo Sky Tri, que será lançado em breve.

Evoluiu bastante em relação a atual edição e está quase 30 gramas mais leve.

Mas se compararmos com alguns concorrentes do mercado, especialmente em relação ao peso, os japoneses terão de tirar um coelho da cartola.

Deverão ser menos conservadores com relação ao desenvolvimento de futuros produto para fazer com que a grande massa da corrida, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, consuma os tênis com tanta vontade e interesse quanto de seus concorrentes.

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New Balance

A primeira presença da marca no Brasil foi sendo uma subsidiária, controlada diretamente pela matriz.

Após alguns anos, a própria New Balance optou por ter um distribuidor local.

Desde então a marca vem tendo maior penetração no mercado nacional, através das lojas próprias e alguns eventos de provas de 15km.

Ainda é considerável no Brasil a quantidade de corredores que reconhecem a New Balance pelos tênis lifestyle, e que não conhecem muito pouco os modelos de corrida.

Mas é perceptível, para alguns corredores e triatletas com que converso, a boa experiência deles com os produtos e os elogios em relação à qualidade e conforto de alguns modelos.

O que falta, talvez, é a marca apoiar ou patrocinar um corredor e um triatleta profissional de ponta.

Os triatletas alemães Patrick Lange (atual bicampeão do Mundial de Ironman no Havaí) e Sebastian Kienle (campeão do Mundial de 2015), foram responsáveis, mesmo que indiretamente, pelo aumento do volume de vendas no Brasil dos modelos 1400, 1500 e Hanzo.

Patrick Lange deixou a New Balance recentemente e agora é atleta patrocinado pela Adidas. Mas Kienle continua marca.

Muitos triatletas no Brasil, assim como corredores que acompanham o triathlon de longa distância, foram de certa forma influenciados pelos dois.

Vamos torcer para que em um futuro próximo a marca esteja presente no triathlon do Brasil.

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Nike

Continua sendo a bola do momento, desde o lançamento do projeto Breaking2, e, em seguida , dos modelos Zoom Fly, Vaporfly 4% e Pegasus Turbo.

Estes tênis, principalmente o Vaporfly e Pegasus Turbo, viraram uma febre em todo o mundo e se esgotam rapidamente nos sites e lojas da marca.

Em todo o mundo, assim como no Brasil, a Nike ficou alguns degraus acimas dos principais rivais por causa destes lançamentos.

O Vomero 14, lançamento mais recente, tem atraído a atenção de corredores que não têm um afinidade direta com a marca.

No triathlon de longa distância, a Nike já patrocinou grandes nomes como o seis vezes campeão mundial Mark Allen.

Mas isso foi no final dos anos 80 e começo dos 90.

Atualmente, a marca mostra não ter qualquer interesse esporte, seja patrocinando eventos ou triatletas.

Ainda assim, a marca teve um crescimento substancial no shoe count do Ironman do Havaí 2018, saindo da oitava colocação do ano anterior para a vice-liderança da contagem.

Não me espantarei se a marca vencer o shoe count no Ironman Brasil, no próximo dia 26 de maio.

As razões:

Nike Vaporfly,

Nike Pegasus Turbo,

Nike Zoom Fly e

Nike Vomero.

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Olympikus

Tive o privilégio de ter os modelos que a Olympikus lançou do final dos anos 90 até 2004.

Modelos que eram superiores aos que a própria marca desenvolve atualmente.

Naquela época, a marca patrocinava o ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima e alguns triatletas como Leandro Macedo e Juraci Moreira.

O principal modelo da marca é o Rio. Eu tive a primeira edição em 2012 e eram poucos detalhes para o tênis evoluir tecnicamente. Mas pra mim, estagnou.

Outro modelo que a Olympikus poderia trabalhar a evolução técnica seria o Challenger.

Acredito que a marca tenha estrutura para desenvolver um ou dois modelos que briguem de igual para igual com alguns destaques das marcas importadas.

Lembrando que o grupo controlador é a Vulcabrás, com estrutura e capacidade financeira.

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On Running

No mercado de corrida americano, a On Running, que é suíça, vem crescendo nos últimos dois anos e se destacando entre alguns concorrentes.

No triathlon, ela praticamente está consolidada, principalmente em provas de longa distância, patrocinando grandes nomes cenário mundial como o espanhol Javier Gomez, o britânico Tim Don, os belgas Frederik Van Lierde e Bart Aernouts.

No Brasil, a operação iniciou em 2018, como uma subsidiária, o que de certa forma é um fator positivo.

Os tênis ainda são pouco conhecidos entre a comunidade de corredores.

Eles possuem um excelente acabamento e, particularmente, gosto muito do design dos modelos.

Para quem não conhece, os preços no Brasil assustam um pouco.

Os suíços terão um trabalho desafiador por aqui se somente marcarem presença em lojas especializadas, exatamente pela baixa quantidade de estabelecimentos.

Acredito que o número total de lojas especializadas no país seja menor do que o de Nova York.

Caso o planejamento seja colocar a On Running também em grandes varejistas, o desafio também será grande, já que marcas top, como Hoka, Saucony, Brooks e Skechers, não decolaram nestes estabelecimentos.

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Puma

Entre 2014 e 2016, a Puma tinha no Brasil alguns modelos de corrida que não deixavam nada a desejar aos concorrentes.

Mas a marca começou a desaparecer do mercado depois deste período.

A empresa apresentou um ou outro lançamento que ficaram muito aquém das expectativas para quem consumiu ou conheceu os modelos anteriores.

Atualmente no país, a Puma é carta fora do baralho.

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Reebok

A Reebok tem poucos modelos e não conseguiu decolar no Brasil.

Os modelos não são encontrados com facilidade e não há qualquer ação de marketing para atrair o público da corrida.

A Reebok já foi violentamente forte no País, entre 1998 e 2003, com modelos de corrida fantásticos, além de patrocinar corredores e triatletas, como o argentino Oscar Galindez.

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Saucony

Desde 2008, a Saucony segue na tentativa de emplacar no Brasil. Eu trabalhei na importadora, entre 2011 e 2012.

Um período difícil, com pouco investimento e uma gestão engessada, fez com que a marca descesse morro abaixo até o final da operação no início de 2016.

Em 2009 a Saucony foi patrocinadora do Ironman Brasil, ganhando uma boa vitrine, mas a ação durou só aquele ano. E

la também patrocinou por alguns anos a Maratona de Revezamento Ayrton Senna.

A marca retomou a operação em 2017 com um novo distribuidor e com um folêgo financeiro muito maior.

Isso vez a marca voltar com muita força e em um maior número de pontos de vendas. Porém mais uma vez a operação se encerrou.

Agora será a terceira tentativa da Saucony no Brasil, dessa vez como subsidiária da matriz, o que espero ser positivo para.

A marca é muito forte no triathlon, já que patrocinou grandes atletas que competiam em provas de Ironman desde os anos 80, e posteriormente triatletas de distâncias olímpicas, mas desacelerou na modalidade em 2015.

Mesmo assim, continua muito respeitada entre os amadores e profissionais em todo o mundo.

Mesmo não atuando de forma efetiva em relação a patrocínio, a marca figura sempre no top 3 do shoe count do Mundial de Ironman no Havaí.

No Brasil, resta torcer para que a nova gestão seja de sucesso.

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Skechers

A operação brasileira da Skechers é uma subsidiária da matriz baseada na Califórnia.

Os tênis da marca evoluíram bastante nos últimos quatro anos, com relação a qualidade e conforto, além de alguns modelos terem um bom custo-benefício no Brasil.

Recentemente, a marca lançou nos Estados Unidos o modelo de performance GoRun Razor 3 Hyper, que tem sido um sucesso em vendas, muito em virtude de ser o modelo mais próximo de resposta ao Nike Vaporfly 4%.

Outro fator positivo é o fato do triatleta profissional canadense Lionel Sanders ser patrocinado pela marca e influenciar triatletas e corredores.

No Brasil, a marca já apoiou alguns corredores e triatletas amadores, porém com poucas ações que gerassem visibilidade e retorno em vendas.

Se a Skechers trabalhasse ações de marketing mais efetivas entre corredores e triatletas, sem dúvida o interesse por alguns modelos seria maior por parte dos mesmos.

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Under Armour

Desde outubro de 2018, a Under Armour é controlada no Brasil pela Vulcabrás, que também é proprietária da Olympikus.

A marca já teve maior destaque com relação aos tênis de corrida, entre 2014 e 2015, principalmente com os modelos Gemini e Bandit.

Desde 2016, a marca não atrai tanto a atenção dos corredores com seus lançamentos e poucos modelos fazem concorrência frente aos concorrentes.

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361º

É provável que pela grande massa dos corredores brasileiros, a 361º seja mais lembrada como a marca que patrocinou a equipe de voluntários dos Jogos Olímpicos do Rio 2016 do que por alguma forte ação de marketing que tenha sido feita após os Jogos Olímpicos.

Se não me engano, a 361º chegou ao Brasil em 2015, mas uma grande quantidade de corredores e triatletas desconhece a presença da marca no País.

E os que conhecem têm dificuldade em encontrar os principais modelos da marca, tanto em lojas especializadas, quanto em lojas de rede.

A 361º é de origem chinesa e alguns dos profissionais responsáveis pelo desenvolvimento dos tênis trabalharam na Asics.

Essa pode ser uma das razões que alguns modelos possuem partes muito semelhantes a alguns tênis da marca japonesa.

No Brasil os concorrentes, parecem não se preocupar com a 361º em decorrência da pouca penetração em lojas por todo o Brasil, apesar de alguns modelos terem evoluído positivamente.

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Cenário geral

O Brasil não é um mercado fácil para as pequenas e grandes marcas manterem suas operações, em decorrência de fatores políticos e econômicos.

Por isso, esse mercado não é para amadores.

Quando olhamos para distribuidores independentes, é preciso ter um planejamento muito bom de longo prazo.

Do contrário, a chance do barco virar é enorme. Não dá para tentar entrar no mercado enfiando o “pé na porta” se você não tem munição no médio e longo prazo para duelar com as grandes, principalmente as marcas de tênis de corrida com operações próprias.

Caso contrário, a marca será minada. O maior exemplo disso é o distribuidor que operava a Saucony no Brasil entre 2008 e 2016. Eu trabalhei na marca entre 2011 e 2012.

Vamos torcer para que o país tenha marcas consolidadas, uma grande variedade de modelos, inovações tecnológicas nos produtos que são perceptíveis na prática, e patrocínios a atletas profissionais.

Lembrando que patrocínio aos profissionais não é fornecer uma quantidade de tênis somente.

É pagar salário, ajudar em custos de viagens, etc.

Porque o atleta quando vai no supermercado comprar arroz e feijão, infelizmente não pode pagar a compra com tênis de corrida.

 

Panorama das marcas de tênis no Brasil

Até a proxima!

Para ler o Artigo que escrevi aqui no Site sobre como saber qual melhor tênis de corrida, acesse: Qual melhor tênis