O “RESERVA DE LUXO” DO ALPHAFLY 3
NIKE ZOOM FLY 6: Apesar de ser a precursora nesta nova era dos tênis com placa de carbono, com o lançamento da 1ª edição do Nike Vaporfly 4% em setembro de 2017, a Nike nos dias atuais já não é preferência absoluta entre corredores quando a preferência é por um modelo de performance com placa.
As concorrentes do mercado a partir do período da pandemia começaram a lançar seus modelos de competição de carbono e nos 2 últimos o reinado absoluto desapareceu.
Os 2 principais modelos de competição com placa de carbono, Vaporfly 3 e Alphafly 3 já não são mais “objetos de desejo” de muitos corredores.
Eu acredito que esta falta de interesse por parte de corredores entre estes 2 modelos da Nike e também de alguns modelos interessantes como o Nike Invincible 3 e o Pegasus Plus, está diretamente ligado à insatisfação com relação a defeitos de descolamento de entressola relatados em reviews feitos por corredores em redes sociais.
Além, obviamente, da variedade de modelos concorrentes que não deixam nada a desejar do ponto de vista de conforto, resposta e principalmente estabilidade.
A minha prioridade em um tênis de competição com placa de carbono sempre é a estabilidade e conforto de calce.
Em seguida vem os demais fatores.
Falando do Zoom Fly 6 lançado no final de 2024, começo dizendo que para mim é a melhor edição do modelo.
Até então a edição que melhor me atendeu e eu nunca considerei como “espetacular”, foi o Zoom Fly Flyknit lançado em 2018.
Se por um lado o tênis gerava um bom suporte aos pés em virtude da malha de cabedal em knit, o que contribui um pouco com a estabilidade, por outro lado essa mesma malha de cabedal em knit limitava muito a respirabilidade dos pés e o sistema de drenagem pela própria malha quando o tênis molhava.
Era também um modelo firme de batida e também o posicionamento da placa de carbono.
Quando calcei o Zoom Fly 6 no início deste ano (mais pela curiosidade do visual, já que tem traços do Alphafly 3), fiquei surpreso de forma positiva, pelo conforto de calce, principalmente na área do arco do pé e também na região dos dedos com a sensação e percepção deles ficarem “espalhados”.
Eu nunca me dei bem com Alphafly independente de qual seja a edição, pelo fato de atritar na área do arco do pé e gerar bolha de sangue mesmo se eu exagerar no creme anti-atrito.
Não é um defeito do tênis já que muitos corredores que usam ele, não tem este tipo de problema.
É o desenho do arco do meu pé que não casa com o desenho do tênis nesta região.
E correndo com o Zoom Fly 6, o conforto mencionado se manteve, e obviamente que fiz o comparativo de estabilidade, batida e resposta com o Zoom Fly Flyknit e com o Zoom Fly 5.
É outro tênis para muito melhor, nesses quesitos.
Ele passou boa segurança na oscilação de ritmo por estabilizar bem.
O solado tem um novo desenho dos cravos na parte do antepé, o que acredito gerar um pouco mais de durabilidade com relação ao desgaste.
Eu não senti diferença de grip e tração com relação ao antecessor correndo no asfalto seco.
No molhado ainda não tive experiência.
Você que está lendo este arquivo e pensa ter o seu primeiro tênis da Nike com placa de carbono considerando inicialmente o Vaporfly 3 ou o Alphafly 3, para correr a sua primeira Maratona acima de 3h30, considere a 1ª opção o Zoom Fly 6.
A adaptação real será no maior treino longo que você fizer quando estiver no ciclo de treinamento para a maratona.
Porém ele exigirá bem menos com relação à mecânica de corrida do que o Vaporfly e Alphafly caso tiver por alguma razão ficar oscilando o ritmo.
FICHA TÉCNICA
Categoria: Performance Trainer
Pisada: Neutra
Drop: 8mm (40mm calcanhar / 32mm frente)
Peso: 278gr – Tam. 43
Preço: R$1.499,90



