Desenvolvidos e produzidos no Brasil, alguns tênis de corrida da Fila e Olympikus têm um bom custo-benefício, concorrendo entre si e também com alguns modelos importados.
FILA X OLYMPIKUS – QUAIS MODELOS LEVAM VANTAGEM NA BRIGA DIRETA: Sob a gestão de dois grandes conglomerados baseados na região sul do país as marcas Fila (Grupo Dass) e Olympikus (Grupo Vulcabrás), estão desenvolvendo bons tênis de corrida com preço competitivo e atraindo não só a atenção de muitos corredores, mas também a confiança com relação à qualidade dos produtos.
A razão por escrever este artigo comparando especificamente alguns modelos das duas marcas, porém não nos mínimos detalhes, é pelo fato já algum tempo de pessoas que acompanham meu trabalho, pedirem minha opinião de comparativo entre o Fila Racer T2 e o atual Olympikus Corre 3, e também os modelos com placa que são o Fila Racer Carbon e o atual Olympikus Corre Grafeno 2.
Quando a Olympikus lançou o modelo Corre 1, fiz o teste de durabilidade (Clique para ler sobre o teste) e fiquei surpreso do quanto o tênis suportou.
E nesta 1ª edição, o modelo tinha muito o que evoluir com relação à qualidade de material (no artigo que escrevi sobre ele, apontei a qualidade do tecido do colar de calce), e também em outros aspectos como a própria malha de cabedal.
E realmente o tênis evoluiu muito na 2ª edição.
Na 3ª edição que foi lançada em abril deste ano houve pequenas atualizações na malha de cabedal. Particularmente eu acho que a Olympikus acertou em não mudar a base de entressola e solado, que é a mesma do Corre 2, pelo fato do tênis ser confortável de batida e com boa estabilidade.
Muitos corredores que tem o Corre 3 me relataram esta mesma percepção que tive.
Não faço ideia de como será o Corre 4, mas eu tenho na minha cabeça uma nova configuração para ele baseado em alguns modelos importados.
Comparando-o com o Fila Racer T2, eu coloco o Corre 3 facilmente 2 prateleiras acima dele e mesmo do Float Maxxi, apesar deste último ter características diferentes de ambos.
Corri bastante com o Fila Racer T2, mais até do que com o próprio Corre 2.
Ainda assim prefiro sem nenhuma dúvida o Olympikus, pelo conjunto todo de malha de cabedal, entressola e solado.
Se eu tivesse a responsabilidade de desenvolver o Olympikus Corre 4 e o Fila Racer T2 “v2”, eu teria que literalmente “quebrar” muito mais a cabeça para desenvolver o T2 do que o Corre 4, uma vez que já tenho este último desenhado na minha cabeça de alguma forma.
Fila Racer Carbon X Olympikus Corre Grafeno – Quem leva a melhor
Se o Olympikus Corre 3 leva uma boa vantagem no comparativo com o Fila Racer T2 (na minha análise e percepção, considerando que este fator é muito particular e pode mudar de pessoa para pessoa), o contrário acontece entre Fila Racer Carbon (estou considerando a 1ª edição pois ainda não conheço a 2ª edição que deve ser lançada em breve) e Olympikus Corre Grafeno 2, ou mesmo que fosse o 1.
Neste comparativo, acho que o Fila Racer Carbon está anos-luz à frente do Grafeno, e é importante ressaltar que não é pelo fato de um ter placa de carbono e o outro placa de grafeno, mas sim a composição e densidade de espuma de cada entressola.
Já disse em outras oportunidades, na minha palestra ou mesmo em bate-papo sobre tênis de corrida que a placa de carbono não faz milagre sozinha.
Se o tênis não tiver uma boa qualidade de espuma de entressola com a densidade certa, pode esquecer que dificilmente o tênis irá responder como deveria ou como se espera pela equipe de desenvolvimento, e os corredores que são os reais consumidores.
Acredito que talvez a Olympikus tenha mais trabalho em acertar a mão no próximo Corre Grafeno do que no Corre 4.
E quando digo que o Racer Carbon está anos-luz na frente do Grafeno, também não significa que a Fila atingiu a perfeição no tênis.
Tem muito espaço para evoluir este modelo também. Assim como o Olympikus Corre 1, fiz o teste de durabilidade com o Fila Racer Carbon (Clique para ler sobre o teste).
Com relação à demanda por parte de corredores e triatletas, tanto do Fila Racer Carbon quanto do Olympikus Corre Grafeno, as duas provas que acompanhei este ano 2023 (Maratona de São Paulo e Ironman Florianópolis), o Fila Racer Carbon predominou nas duas provas, principalmente no Ironman Florianópolis..
Se tinha 3 ou 4 atletas correndo com o Grafeno era muito.
Só resta aguardarmos as próximas edições dos 4 modelos citados, e analisarmos se as atualizações são relevantes ou não.
Tem 13 comentários
Eu como um bom gaúcho regionalista, compro só tênis Olympikus e produtos do RS.
Excelente artigo. Parabéns
No caso do corre 2 , tenho os pés chatos/largos e muitos tênis ficam estreitos. E gosto de drop 10mm, apesar desse ser 8mm. O que vc acha?
Olá Jones td bem? Com relação ao drop, é zero diferença. Eu mesmo nao sinto qualquer diferença entre 10 e 6. Com relação á forma, sugiro você calçar antes de comprar. Abs
Uso o corre vento 2 da Olympikus gosto demais do mesmo, estou pensando em adquirir o corre grafeno 2, ainda na dúvida.
Olá Virgilio, td bem? Se possível experimente antes de comprar. Abs
O preço do OPK ainda tá alto, custo benefício médio.
Fala Franki, td bem? Então, ainda creio que essa percepção, vai do bolso de cada um. Abs
Nunca usei nenhum “Corre”, porém gostei tanto do T2 que pretendo comprar outro, pela relação custo-benefício que ele entrega.
Fazer a próxima edição, se baseando na evolução do kr6, não seria viável? (Quase que um kr6 maximalista, com a mesma placa de nylon…).
Olá Diego, tudo bem? Pode ser uma opção deles fazerem uma das próximas edições do KR, com mais espuma e mais alto. Mas não acredito que irão mudar de forma mais radical. Abs
Tenho o OLK Corre 1 que foi um dos meus primeiros de corrida (sou corredor bem iniciante) e uso ainda e gosto do Corre Vento e do Corre Grafeno. Fila não tenho, mas sei que tbm são bons. De qualquer maneira, depois da leitura deste artigo do Roheniss, numa compra futura (hoje tenho tênis para muita rodagem), me animei a comprar novas versões da família CORRE até porque gera renda para os brasileiros nas fábricas da Vulcabras/OLK em Horizonte (CE), Itapetinga (BA) e na rede de distribuição. E torço para que a marca brasileira consiga exportar para nossos vizinhos da América do Sul por exemplo.
Numa próxima publicação se possível falar um pouco do Olympikus CORRE TRILHA. Obrigado pelo artigo, sucesso no trabalho e nas corridas.
Olá José, obrigado por acompanhar o trabalho. Vale ter uma experiência com algum modelo Olympikus e comparar com o Fila que você já conhece. Abs
Bem pontuado, Rodrigão. Concordo.
Valeu por acompanhar o trabalho Daniel. Abs