A EVOLUÇÃO DESTE MODELO DE COMPETIÇÃO ATRAVÉS DAS

5 EDIÇÕES LANÇADAS

 

FILA KENYA RACER: Há 8 anos atrás, em 2013 me lembro de ter recebido uma caixa (acho que de madeira) e dentro dela estava a 1ª edição do Fila Kenya Racer.

Ele apresentava algumas das características dos modelos de competição da época, como perfil baixo de entressola e batida firme.

Este lançamento não era leve como os concorrentes e tinha um pouco mais de estrutura de material como o colar de calce.

Alguns corredores Quenianos profissionais que moravam no Brasil nesta época, eram patrocinados e ajudaram no desenvolvimento do tênis, o que contribuiu para que o Kenya Racer chegasse ao mercado com maior respeito e credibilidade.

Em meados de Outubro de 2014 a Fila lançou o Kenya Racer 2.0 e nesta segunda edição, a atualização apresentada pela marca foi a malha de cabedal com uma única camada de tecido e tramas bem abertas, facilitando muito a ventilação dos pés e drenagem de água.

Era nítido que esta edição tinha um melhor acabamento na malha de cabedal com um melhor posicionamento das sobreposições e também uma nova lingueta que continuava com um pouco de enchimento de espuma, porém com perfurações maiores, também contribuindo para ventilação dos pés na área de amarração.

O Fila Kenya Racer 2.0 continuava sendo uma ótima opção de modelo de competição para quem gostava de batida firme e estabilidade e com um valor mais atrativo do que os concorrentes importados.

A terceira edição do Kenya Racer chegou ao mercado no final de 2015 e a partir desta edição, ele passou a ser chamado de KR3.

À convite da Fila, em Agosto de 2015 estive na cidade de Ivoti conhecendo a linha de desenvolvimento e produção dos tênis.

O KR3 mudou consideravelmente com relação ao antecessor e particularmente, achei que mudou para melhor.

O tênis impressionava pela leveza e a malha de cabedal continuava com uma única camada de tecido, porém com tramas ainda mais abertas.

A entressola ficou um pouco mais baixa e esta edição tinha um visual bem agressivo de um verdadeiro modelo de competição.

Durante 2 anos do lançamento do KR3, a Fila não apresentou nenhuma atualização do modelo.

Foram lançadas diversas cores do KR3, porém sem qualquer mudança técnica.

No final de 2017, o KR3 teve uma atualização de malha de cabedal, chegando ao mercado a versão em Knit, deixando o tênis um pouco mais pesado e que limitava mais a ventilação e quando molhado, o tecido absorvia mais água.

Em Outubro de 2018 é a vez do lançamento do KR4 e nesta edição, o fator positivo de destaque é o novo desenho do solado e a nova composição de borracha, o que melhorou a flexibilidade e o grip e tração tanto na aterrisagem quanto na decolagem.

Por outro lado a nova malha de cabedal bem mais fechada assim como o layout, tirou o visual de tênis de competição que era a marca registrada do antecessor, o KR3.

Talvez por este detalhe, o KR4 não despertou tanto interesse e curiosidade entre os corredores que tiveram ou conheciam o KR3.

Outro fator que eu achei que melhorou um pouco quanto ao KR3, foi  a densidade de entressola. O KR4 era “menos seco” de batida do que o KR3.

Em 2020 a Fila lança no mercado o KR4 V2 e a única atualização é uma nova malha de cabedal com tramas mais abertas e um novo layout que traz de volta o visual de tênis de competição.

Até pouco tempo atrás era possível encontrar o KR4 V2 em alguns sites com excelente custo-benefício.

 

FILA KR 5: ATUAL EDIÇÃO MELHOROU MUITO COM RELAÇÃO AO ANTECESSOR

 

Em Maio deste ano a Fila lançou no mercado o KR5, atual edição de Kenya Racer.

E o tênis chamou muito atenção pela leveza, o bom acabamento e principalmente maciez e resposta em virtude da nova espuma de entressola.

E nesta edição, a Fila manteve um detalhe presente nos antecessores que pra mim se tornou marca registrada do modelo e que espero encontrar nas próximas edições, que é a malha de cabedal em uma única camada fina de tecido e com tramas abertas que facilitam a ventilação dos pés e drenagem de água.

O novo solado também é um fator a se destacar, com uma menor espessura de borracha e um desenho que contribui com um melhor grip e tração.

Eu colocaria como principais concorrentes do KR5 presentes no mercado brasileiro e sem placa de carbono:

Adidas Adios 6 (artigo no site);

ASICS Tartheredge 2 (artigo no site);

ASICS DS Trainer 26;

Brooks Hyperion Tempo (artigo no site); 

On Cloudflash;

Saucony Fastwitch 9;

e Saucony Type A 9.

No meu ponto de vista o KR5 não deixa nada a desejar para os modelos citados e com o diferencial do preço muito agressivo, com ótimo custo-benefício. 

O KR5 é um modelo de competição que vai atender melhor em treinos de velocidade, principalmente provas de 5km e 10km.

Entretanto, é possível correr uma Meia Maratona ou até uma Maratona com o modelo, desde que o corredor que tenha esta intenção, que faça alguns treinos longos para sentir como o tênis trabalha nesta condição.

A partir dessa experiência é analisar se vale ou não utilizar o tênis em umas das duas distâncias.

 

FICHA TÉCNICA

CATEGORIA: COMPETIÇÃO

PISADA: NEUTRA

DROP: 6MM

PESO: 197gr – TAM 42 MASC.

PREÇO: R$399,90